EM DEFESA DAS MÃES
No dia de hoje só tenho a agradecer. Sou tão feliz! Pela mãe que tenho e pela filha maravilhosa que me presenteou com a alegria imensa de ser mãe.

Como estamos nos aproximando do dia das mães, nada mais justo que esta coluna seja dedicada a elas. Todas as propagandas e textos, com certeza, devem mostrar ( muito justamente !!!!!!) o lado de endeusamento e maravilha destas mulheres.
Vamos nos aprofundar no assunto, pensando um pouco mais a respeito?!?!
Quando lemos uma homenagem temos a impressão de que é tudo muito mágico, que as mães simplesmente nascem perfeitas, que é tudo lindo! O pior é que a maioria delas acredita, e cobram-se sobre uma perfeição que não existe.
As mães, acima de tudo, são mulheres, são seres humanos.
Por isso hoje, gostaria de humanizá-las. Gostaria que pensássemos que ser mãe não é a oitava maravilha do mundo, é uma escolha cheia de prazeres, mas ao mesmo tempo muito difícil.
Desde o princípio, já aparecem as angústias. Será que tudo vai dar certo? Será que o bebê será normal? E geralmente a responsabilidade é considerada toda dela...
Junto a esses medos e muitos outros, existe um corpo que está mudando, sensações desagradáveis, enjôos... O bebe representa um perigo para o corpo durante a gravidez e durante o parto que está por vir...e ainda assim ela deverá sentir-se encantada!!!!
Seu corpo não é mais só seu, todos querem tocar e beijar sua barriga...
A despeito dos medos, todos são entendidos do assunto, fazem previsões, contam histórias de partos, de gestações, sabem até como o bebê deverá se mexer...
Ah! E ela deve amar este bebê desde o primeiro momento de gestação, e ter vontade de conversar com “sua barriga” o tempo todo... é o que todos dizem!!!!
Tanta invasão, tanta sabedoria popular... só aumentam a ansiedade desta heroína que segue firme e forte durante os nove meses de gestação. Assustada, mas feliz.
Em seguida chega o momento do parto, a respeito deste nem é preciso fazer comentários.
Depois do nascimento e com toda dor que esta separação pode representar, ela encontra-se com um “serzinho” frágil, que ela ainda não conhece, mas que depende totalmente dela... e para tudo. Na verdade ele existe somente em conseqüência dos cuidados maternos. Apesar dele não saber falar ou pedir, essa guerreira aprende a conhecê-lo e entender suas necessidades. Tanto que é capaz de sentir a dor que ele venha a sentir, e de chorar junto.
Sente suas próprias dores também! O momento de amamentar não é apenas feito de magia. O bebê machuca seu mamilo, e não a trata com o carinho merecido, mas sim como uma pessoa qualquer, uma escrava, que serve apenas para realizar seus desejos (alguns, mais ingratos, chegam a imaginar isso durante toda a vida).
Vem a infância, a adolescência, a idade adulta, cada fase com suas dificuldades e suas delícias, e ela, mãe, sempre lá, cuidando, se preocupando, ensinando, torcendo, comemorando, agüentando firme as separações... Nunca mais será a mesma, nunca mais viverá só para ela. E quando algo sai errado ela ainda se culpa, se questionando a respeito de onde errou.
Como vêem, a maternidade não é apenas este conto de fadas que todos imaginam. Ela é um momento único e abençoado sim, mas como tudo na vida tem o seu lado bom e o difícil.
É por tudo isso que aprendemos a amar, cada dia mais, esse ser encantado que nos dá tudo, sem pedir nada. Essa criatura de Deus que chamamos de mãe.
Como vêem esse amor não é mágica !!! O amor entre mãe e filho é “conquistado” desde um momento no qual sem sabíamos quem éramos, desde o primeiro instante de vida, desde o primeiro cuidado, a cada carinho, a cada noite em claro... todos os dias...
Por tudo isso gostaria de endeusar e dar os parabéns a todas as mães.
Por tudo isso gostaria de lembrar aos filhos que reconheçam tudo que ela já passou, sua dedicação incondicional e que procurem retribuir e conquistá-las também... hoje e em todos os dias...
Por tudo isso, pela conquista, e pelo amor forte que me faz sentir, pelo amor que tem dedicado e ensinado a mim durante toda a minha vida, gostaria de endeusar e agradecer especialmente a minha mãe, Maria Antonia. E pedir desculpas por todos os momentos em que me esqueci de agradecer e de conquistá-la da maneira como ela merece, da maneira como ela me conquista...
FELIZ DIA DAS MÃES!
Este texto vai para vocês Maria Antônia e Tainá, que me ensinaram o sentido e o amor envolvidos na palavra "mãe". No ter e ser mãe.
COMPANHIA NO DIVÃ - Bia Melara
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