Carta Aberta

Em um momento importante, no qual percebo o impacto que as diferentes personalidades têm sobre mim, e escolho quem eu quero perto e de quem prefiro o distanciamento.

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A todos vocês que cruzam meu caminho e tocam minha vida,

Chega um momento em que se torna essencial exercer o nosso direito de escolha. A vida nos coloca em constante contato com diversas personalidades, e nem todas trazem à tona o melhor que podemos ser. Aprendi ao longo do tempo, que certas presenças me provocam, despertam lados de mim que prefiro deixar adormecidos, enquanto outras são como bálsamos, trazendo paz e cura para a alma.

Escolho, portanto, quem quero por perto. Quero ao meu lado aqueles cuja companhia me faz sentir mais leve, mais inteira. Aqueles que, com sua tranquilidade e empatia, conseguem criar um espaço de segurança e crescimento. Quero andando comigo pessoas maduras e bem resolvidas, que preferem não guardar rancores e ressentimentos. São essas pessoas que, simplesmente por serem quem são, despertam o melhor em mim, me ajudam a florescer.

Por outro lado, é inevitável que existam aqueles que, por suas próprias dinâmicas, ativam em mim reações e sentimentos que preferia não ter. Não quero comigo os preconceituosos, carregados de julgamentos. Quero longe aqueles que vivem de passado. Prefiro que se afastem os desumanos, que não conhecem sentimentos e não tem empatia. Podem ir aqueles que se alimentam de fofocas. Não quero próximos os ingratos, vazios de reconhecimento e carregados de inveja. Escolho uma distância segura de futilidades.

A qualidade de nossa vida emocional depende sim dos contatos com as pessoas que escolhemos para estarem ao nosso lado.

Então, não culpo e nem julgo, apenas escolho. O distanciamento, aqui, não é uma punição ou rejeição, mas uma proteção. Preciso guardar a minha paz e me afastar de tudo o que me consome de maneira improdutiva, que me desconecta de quem verdadeiramente sou.

E assim seguirei, respeitando a todos, mas, sobretudo, respeitando a mim mesma. Mantendo perto quem me eleva, e gentilmente me distanciando de quem, por qualquer motivo, não contribui para a paz que busco cultivar em minha vida.

Eu.

COMPANHIA NO DIVÃ - Bia Melara